Como parte da programação do IX Festival Internacional Cinema e Transcendência, a área externa do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) recebe, hoje e sábado, a série de apresentações Rimado e Encantado, cordel pra todo lado, dedicada à literatura de cordel e à apresentação de artistas de Brasília que trabalham com a técnica popular tradicional nordestina.
Imagem: Encontro Cordeliando
Marcado para ocorrer no Espaço Luar do Sertão, o encontro recebe quatro cordelistas do Distrito Federal que têm os versos e a xilogravura como ferramenta para contar histórias que variam da origem da própria capital à preservação do meio ambiente. A apresentação reunirá os cordelistas Gustavo Dourado, membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Padre Mourão do Cordel, cearense e professor de xilogravura no Riacho Fundo, Samambaia e Taguatinga, Goari, do Gama, e João Almir, que atua nas regiões de Ceilândia, Taguatinga e Luziânia.
São nomes tradicionais e conhecidos do cordel no Distrito Federal, que ajudam a instalar no Centro Oeste um pouco da uma tradição que teve início no Nordeste. “O cordel tem uma importância fundamental para o Brasil”, explica Gustavo Dourado. Ele conta que a matriz do gênero vem dos trovadores provençais da França medieval, passando por Espanha e Portugal. Navegadores e bandeirantes teriam trazido a tradição para o Brasil. “Foi ganhando corpo e se expandiu, entrou pela Bahia e depois ganhou o Rio São Francisco, seguindo o ciclo do gado e da mineração, por todo o Norte e Nordeste”, afirma.
A partir dos anos 1940, tomou o caminho do sul do país e, na década de 1950, chegou ao DF. “Foi importante na construção de Brasília”, diz o poeta e cordelista, que tem como temas de interesse o meio ambiente, o cerrado, a caatinga e o aquecimento global. “Trabalho muito com temas da atualidade, mas também com biografias”, avisa. Na obra de Padre Mourão, prevalece a temática nordestina, com personagens como Padre Cícero, mas também há investidas na questão política. Já Goari é mais ligado à produção das xilogravuras e gosta de explorar temas locais.
Durante as apresentações, os cordelistas vão mostrar ao público sequências de rimas em meio a uma exposição que traz um varal de cordel. “Vamos expor nossos trabalhos e recitar o cordel, além de demonstrar como a se faz a xilogravura. Vamos levar o material para fazer a demonstração”, avisa Dourado. Composições feitas na hora e outras que fazem parte do repertório dos artistas estão no programa proposto para esta quinta e para sábado.
No sábado, a programação também inclui a apresentação, a partir das 20h, de dois episódios da série No país da poesia popular, de José Araripe, e de Jornal do sertão, de Geraldo Sarno.
Rimado e Encantado, cordel pra todo lado
No Espaço Luar do Sertão, no CCBB, hoje, às 14h, e no sábado, às 14h30
Por ser um dos eventos tradicionais na capital federal Brasília, a Bienal acontece nesse eixo central polo de eventos literários e outros segmentos da cultura do Brasil. O evento ocorreu nos últimos dias que compreendeu de 21 a 30 de outubro a 5ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE BRASÍLIA. Ocasião que recebeu escritores, expositores, academias de letras, espaço multiuso, alimentação, apresentações culturais e oficinas diversas durante todos os dias da Bienal.
Como já ocorreu na Bienal em outras edições, a de 2022 não foi diferente e contou com a presença garantida dos segmentos da cultura popular, tornando-o uma oportunidade ímpar para os artistas locais exporem, comercializarem seus trabalhos literários e artísticos como livros, cordéis e xilogravuras.
Cordelista e Xilogravadores de Brasília
Importante frisar que Brasília é um celeiro cultural também no que tange a cultura popular, a ocupação de espaços nessa perspectiva de fomento e difusão da arte popular é bastante relevante para salvaguarda e conservação destes bens que são patrimônio cultural imaterial do país. Portanto carece ser valorizado pelos entes de iniciativa pública ou privada como uma das garantias de preservação da identidade dos povos, e ainda possibilitar a geração de renda por ser uma cadeia produtiva da economia criativa a partir das vendas das produções das peças, livros, cordéis e suvenires. O espaço foi batizado como Casa do Cordel.
Goári Poeta Gravador
Goári Poeta Gravador é piauiense reside no Gama – DF. Artista plástico credenciado no Cadastro de Artistas Plásticos Profissionais pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. Tem relevantes serviços prestados na região voltados para à difusão da Literatura de Cordel, Xilogravura tanto com as produções próprias e/ou como editor com mais de 20 anos de atuação.
E em conversa com o mesmo sobre a participação da Bienal “Disse ser de grande relevância para os artistas locais mostrar os trabalhos, são esses espaços que contribuem para difusão da nossa arte, tendo em vista a visitação de pessoas de todo os lugares do país. Agradeço a coordenação do evento por proporcionar o acesso para nós do Cordel e Xilogravura”.
Cordel Pastel de Feira
“Brasília e pastelzinho
Possuem afinidade
Na enquete foi eleito
Prato típico da cidade
Aumentando seu prestígio,
Ficou cheio de vaidade”.
Goári Poeta Gravador
João Almir do Cordel
João Almir do Cordel – que é piauiense escritor, cordelista, produtor cultural, com mais 21 anos de experiência na área, é especialista em Educação e Patrimônio Artístico e Cultural pela Universidade de Brasília – UNB. É o idealizador do Cordeliando, coletivo do livro e leitura que atua no processo de desenvolvimento da cultura popular, mobilizando, articulando ações socioculturais na região com objetivo de disseminar o patrimônio cultural imaterial. O coletivo tem como missão ser uma iniciativa que difunde a cultura popular na perspectiva de salvaguarda. João Almir “Diz que as feiras literárias e bienais geram oportunidades para cadeia produtiva do livro, no processo de difusão da cultura popular produzida aqui no Distrito Federal e Entorno, e que ao longo tempo tem percebido que se faz necessário atuar nos espaços, escolas e comunidade. E a Bienal ajuda a dar visibilidade e principalmente comercializar nossas produções”.
Do Cordel Sou Matuto Nordestino
“Sou um filme quase perfeito
Sou vivo pra criar cena
Sou boa luta que engrena
Sou e mantenho bom conceito
Sou não tenho preconceito
Sou cultura no quadrado
Sou um quadro lindo pintado
Sou como ator de cinema
Sou nordestino da gema
Sou matuto do pé rachado”.
João Almir do Cordel
Onã Silva – Poetisa do Cuidar
Onã Silva, A Poetisa do Cuidar é Graduada em Enfermagem e Artes Cênicas, Doutora e Pós-Doutora. Pesquisadora e palestrante de temas sobre criatividade e arte do cuidar. Escritora, poetisa, cordelista. Desenvolve diversos projetos como Histórias da Enfermagem (em Cordel e Quadrinhos). Tem mais de 30 livros publicados. (escritora do 1º livro de Histórias da Enfermagem em Cordel). A Cordelista é ativa e defende a bandeira dos segmentos da cultura populares.
Conversamos com a escritora que reafirma “nós cordelista mulheres carecem participar sim destes espaços, foi uma luta da categoria para conseguir o estande na Bienal, e assim poder vender nossos cordéis, livros e xilogravuras. E ainda contribuir para o fortalecimento dos Cordelistas, Poetas e Xilogravadores do Distrito Federal com a participação e ocupação dos espaços por nós afirma Onã Silva”. Tá aí uma nordestina arretada vise!
Válderio Costa – Xilolgravador
Valdério Costa: Natural de Natal – RN é graduado e mestrando em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Professor de Artes Visuais e História da Arte da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Poeta e artista plástico cadastrado pela Secretaria de Cultura do DF (Com várias exposições individuais e participações em coletivas desde 1988). Suas obras estão em diversas coleções no Brasil e no exterior. Disse “que atua desde 2011 em eventos literários e artísticos inclusive ministrando oficinas práticas e teóricas sobre a técnica de xilogravura. Portanto a presença da Literatura de Cordel, da xilogravura e de outras manifestações oriundas da cultura popular na Bienal, é fundamental para reafirmar a importância do público conhecer e reconhecer a beleza e a riqueza da diversidade cultural do nosso Brasil presente nos nossos trabalhos artísticos”.
Mourão do Cordel – Cordelista e Xilogravador
José Maria Mourão – é cearense e reside em Samambaia – DF. Graduado em Filosofia e Licenciatura Plena em Filosofia, é especializado em Gestão Educacional pela Universidade Católica de Brasília, escritor, cordelista, educador e xilogravurista e membro da Academia Taguatinguense de Letras – ATL.
Com um trabalho relevante no processo de difusão da Literatura de Cordel no Distrito Federal desde 2012, realizando oficinas de Cordel e Xilogravuras nessa perspectiva de fortalecimento da cultura popular secular. E reforça “reafirmando que o segmento popular veio junto com a mudança da capital para o centro-oeste, e até antes já na construção de Brasília onde a presença de nordestinos dos estados que compõem essa região rica e difusora da cultura popular no Brasil. A nossa participação na 5° Bienal de Brasília fortalece ainda mais o nosso segmento popular, abrindo portas para ser mostrado aos visitantes e ainda comercializar nossos cordéis diz Mourão do Cordel”.
Cordel O Jumento que cagava dinheiro
“Jumento come de um tudo,
Mermo na seca ele escapa;
Casa de pau e garrancho,
Barro vermei e cabaça;
De fome não passa mal
Inté roupa do varal
Se alguém deixar ele masca”.
Mourão do Cordel
Outros cordelistas estiveram presente como Gustavo Dourado que é membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC, incentivador do movimento local, Valda Fogaça – Escritora e Cordelista, Cícero Siqueira – Cordelista.
A avaliação que nós do Portal Tinguis constatamos a partir dos depoimentos dos coletivo é que foi positiva a participação, pela maioria dos membros do Cordel do Distrito Federal. Viva a Literatura de Cordel e a cultura popular de um modo geral.
O Governo do Distrito Federal irá reformar a Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, modernizar a Orquestra Sinfônica e investir em atividades no desenvolvimento dos equipamentos culturais. As medidas fazem parte de um programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e do Banco de Brasília (BRB) que prevê o investimento de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos. A assinatura do acordo ocorreu nesta segunda-feira (24), no Palácio do Buriti.
Governador Ibaneis Rocha entre o secretário de Cultura e o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa – Foto: Renato Alves.
Chamado de BRB Cultural, o programa vai reformar, modernizar e ocupar com shows, peças teatrais e festivais importantes espaços culturais de Brasília. Estão na lista Panteão da Pátria, Espaço Lucio Costa, os museus Histórico de Brasília, da Liberdade Tancredo Neves, de Arte de Brasília, do Catetinho, Nacional da República e Vivo da Memória Candanga. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro também será apoiado pelo banco local.
São medidas que, conforme atenta o governador Ibaneis Rocha, acompanham o investimento e o crescimento do setor cultural nos últimos anos: “Essa parceria trata de cuidar de outros espaços culturais, trata de um programa de empreendedorismo para a área cultural, com apoio do banco na parte técnica e na elaboração de projetos para que a gente possa investir cada vez mais na economia criativa do DF”.
Durante o evento de assinatura do documento, o governador também anunciou que o resultado da licitação para a reforma da Sala Martins Pena do Teatro Nacional será divulgado na quarta-feira (26):
“Investimos recursos próprios nessa obra; a licitação está sendo concluída essa semana para que a gente comece pela Martins Pena, e agora o BRB assume a reforma da Sala Villa-Lobos e nós vamos reformar todo o Teatro Nacional e devolvê-lo para a sociedade”. (Ibaneis Rocha).
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, classificou o momento como histórico, destacou os investimentos no DF e assegurou que o governo vai trabalhar para expandir as atividades culturais em todas as regiões administrativas: “Somente nos últimos dois anos, o governo investiu cerca de R$ 365,8 milhões em cultura, sendo R$ 243 milhões do FAC [Fundo de Apoio à Cultura], R$ 103 milhões de termos de fomento, R$ 17 milhões em termos de colaboração e quase R$ 2 milhões em premiações”.
Segundo o BRB, o apoio ao setor foi intimidado pela pandemia de covid-19, que necessitou o aporte de recursos em outras áreas. Agora, o banco considera o momento ideal para que a cultura e a arte sejam abraçadas de forma mais ampla.
“Essa vontade estava latente no trabalho do BRB, e juntos construímos um amplo programa de apoio à cultura e à economia criativa”, afirmou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “Nosso objetivo é investir R$ 100 milhões nos próximos cinco anos, gerando assim desenvolvimento, emprego e renda, e fortalecendo Brasília como um polo de atração de entretenimento.”
Outra medida é a isenção de tarifa e de todos os custos envolvendo a conta corrente dos beneficiários de recursos culturais. “O banco passa a isentar as tarifas, fazendo com que os recursos sejam aplicados diretamente na atividade finalística”, explica o presidente do BRB. (Agência Brasília)
Com grande alegria que o Goári Poeta Gravador, que também é pintor, escultor, cordelista , editor e piauiense. Membro Titular da Academia Taguatinguense de Letras-ATL, da Academia Gamense de Letras-AGL e da Academia Virtual Clube da Poesia Nordestina ( Serra-Talhada-PE). Atualmente, reside no Gama, Distrito Federal.
Foro: Divulgação
Convida para o lançamento de seus novos trabalhos em Cordéis, como Cordel O Meguinho Sapeca é uma adaptação do livro infantojuvenil ” O Meguinho Sapeca”, da escritora Arlene Muniz (Apena Editora , 2021; ilustrações: Giulia Leão”. A história versa sobre uma linda amizade entre um garotinho (Juca) e seu gato de estimação (Meguinho). Já o segundo cordel, texto e xilogravura de Goári Poeta Gravador, foi inspirado em um casal de corujas buraqueiras que fixaram residência em um balão na cidade do Gama-DF, próximo à casa foi autor. De acordo com a história elas vieram do cerrado fugindo do desmatamento e chegando aqui enfrentaram muitas dificuldades na adaptação…de modo lúdico o autor alerta sobre o desrespeito ao meio ambiente e alerta para a necessidade de preservação.
Serviço:
Evento: Lançamento de Cordéis
local: 5° BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE BRASÍLIA
Data: 21 de outubro
Hora: 18 horas
Local: Estande 32 da Academia Taguatinguense de Letras Pavilhão de Exposições Parque da Cidade
Trata-se de um trabalho em cordel composto por 72 estrofes em décima espinelas, distribuídos em 32 páginas, um formato especial editado por Rouxinol do Rinaré – Fortaleza -CE.
O lançamento ocorrerá no estande da Academia Taguatinguense de Letras – ATL, que estará presente na 5° BIENAL Internacional do Livro de Brasília. O evento vai ocorrer entre os dias 21 – 30 de outubro no Pavilhão de Feiras do Parque da Cidade em Brasília – DF. Na oportunidade serão feitos alguns lançamento de livros, cordéis de autores locais, membros da Academia de Letras e convidados.
Maleta de Cordéis
Na condição de convidado para Bienal o autor lançará o Cordel Piauí de Belo Sol e Ladeiras.
O trabalho em versos traz uma narrativa da contextualização histórica do estado do Piauí, o Povo, cultura, lugares e ocupação da região pelas fazendas de gado ainda em período de expansão da Colónia portuguesa por volta de 1696. Da criação das primeiras vilas do papel exercido pelos Jesuítas na região e de fatos atuais da contemporaneidade.
Edição: Editora Rouxinol do Rinaré Revisão e apresentação: Stélio Torquato Capa: Xilogravura J. Almir Autor: João Almir
Serviço:
Evento: 5° BIENAL Internacional do Livro de Brasília Data: 21 – 30 de outubro Local: Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade – Brasília-DF.
Com o objetivo de circular, trocar saberes e comungar as brincadeiras dos bonecos populares do Nordeste Brasileiro, o projeto As Aventuras de Baltazar nos Quilombos de Goiás levará .para três comunidades Quilombolas do estado, brincadeiras de Teatro de Mamulengo, Forró pé de serra e vivencias culturais, começando pela comunidade Mesquita, localizada na cidade Ocidental, passando pala a Comunidade Cedro, que fica na cidade de Mineiros e, por fim, chegando na comunidade do Moinho em Alto Paraiso.
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O Espetáculo Baltazar é um rapaz valente e que conhece uma moça bonita, que mora em São Saruê, chamada Sinhazinha. Baltazar faz a viagem para São Saruê juntamente ao cachorro Tubarão, que luta com vários bichos do além, para então casar- se com sua amada e voltar para a cidade, Taguatinga. O espetáculo aborda as manifestações mais tradicionais da cultura popular brasileira, sobretudo a nordestina. Os personagens falam sobre a imaginação e brincadeiras populares, sobre a Diversidade, Respeito, Tolerância,Racismo, Xenofobia e também sobre a união e da força com o amor.
O Grupo – Mamulengo Sem Fronteiras Coordenado por Walter Cedro, o grupo Mamulengo Sem Fronteiras teve início no ano de 1996, a partir da convivência do mamulengueiro e mestre Chico Simões. São mais de 25 anos pesquisando as várias formas de mamulengo e Teatro pelo Brasil, sempre mantendo a tradição das brincadeiras populares e buscando novas formas de trabalhar a tradição e a atualidade, Hoje, o Mamulengo Sem Fronteiras compartilha essas experiências, dando oficinas de mamulengo, teatro popular e participando de diversos festivais importantes por alguns países da Europa, América do sul e diversos estados Brasileiros, sempre encantando crianças e adultos com vários espetáculos de Teatro de Mamulengos e teatro popular.
Programação Dia 12 de Outubro Quilombo do Mesquita -Cidade Ocidental Dias 06 e 06 de novembro Quilombo Cedro – Mineiros Dias 08 e 09 de novembro Quilombo Moinho- Alto Paraiso Mais informações @waltercedro
Entre os dias 17 e 21 de outubro, o Mamulengo Sem Fronteiras realiza, no Centro Cultural SESI Taguatinga. o 1º Festival de Teatro de Bonecos Populares do Distrito Federal. A programação é composta de aulas-espetáculo para estudantes, apresentações e rodas de conversa abertas a públicos diversos, integrando seis grupos do DF e três participações especiais vindas da Paraíba, Ceará e Pernambuco. Os espetáculos abertos ao público em geral serão realizados ao longo dos dias 19, 20 e 21, com entrada franca e classificação livre.
O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste é patrimônio cultural brasileiro, registrado pelo Iphan, e tem no Distrito Federal o maior número de grupos e brincantes fora da região Nordeste. Uma tradição popular presente em diversos estados e conhecida por vários nomes: Mamulengo, Babau, Cassimiro Coco, Kalunga, Mané Gostoso, João Redondo, Briguela. Reunindo nove grupos de diferentes gerações, o 1º Festival de Teatro de Bonecos Populares do DF busca celebrar e também fortalecer a salvaguarda desta forma de expressão tão importante para a cultura e a tradição oral brasileira.
A programação de espetáculos inicia nos dias 17 e 18, com quatro aulas-espetáculo voltadas exclusivamente aos estudantes do SESI Taguatinga, abordando educação patrimonial. A partir da quarta, dia 19, começam as apresentações de mamulengo abertas ao público em geral, com sessões pela manhã, tarde e noite. As atrações contarão com acessibilidade estrutural para pessoas com deficiência física, tradução simultânea em Libras e audiodescrição para até seis pessoas.
Dentro da programação, o festival inclui ainda a exposição fotográfica convidada PAREIADA – Memórias Brincantes das Culturas Populares do DF, com 30 fotografias de mamulengos, poetas, pifeiros, batuques e outras manifestações culturais do Distrito Federal, registradas pelo fotógrafo Davi Mello.
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Grupos de mamulengo participantes O 1º Festival de Teatro de Bonecos Populares do Distrito Federal é idealizado pelo Mamulengo Sem Fronteiras, grupo criado em Taguatinga há mais de duas décadas. Do DF, se apresentam também o Mamulengo Presepada, Mamulengo Fuzuê, Mamulengo Lengo Tengo, Mamulengo Alegria e Mamulengo Saruê. Do Ceará, o festival recebe a Carroça de Mamulengos, consagrada companhia liderada pelo Brincante Carlos Babau e uma das principais referências para a consolidação desta tradição no DF. Da Paraíba, o se apresenta a Cia Boca de Cena e, de Pernambuco, o grupo Babaulengo.
Diálogos sobre a tradição Cada um dos espetáculos apresentados será seguido de roda de conversa entre o público e os/as artistas brincantes. Na sexta-feira, dia 21, será realizada também a Roda de Saberes Butando Bunecos, iniciativa criada pelo grupo Mamulengo Sem Fronteiras em 2020, durante a pandemia, no formato de live de entrevistas nas redes sociais. Transportada para o formato presencial, a roda promoverá o diálogo sobre a tradição do mamulengo e sua salvaguarda, com a presença de grupos participantes, pesquisadores, representantes do Iphan-DF e público em geral.
O 1º Festival de Teatro de Bonecos Populares do Distrito Federal é uma realização do Mamulengo Sem Fronteiras, com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
PROGRAMAÇÃO ABERTA
17/10 a 21/10 – Segunda a sexta Exposição Fotográfica PAREIADA – Memórias Brincantes das Culturas Populares do DF
20/10 – Quinta 9h30: Mamulengo Saruê (DF) 15h: Mamulengo Presepada (DF) 20h: Cia Boca de Cena (PB)
21/10 – Sexta 9h: Babaulengo (PE) 10h: Mamulengo Alegria (DF) 15h: Mamulengo Sem Fronteiras (DF) 20h: Roda de Saberes Butando Bunecos – diálogo sobre mamulengo e patrimônio, com a presença dos grupos participantes, pesquisadores e representantes do Iphan-DF
SERVIÇO 1º Festival de Teatro de Bonecos Populares do Distrito Federal
Quando: de 17 a 21 de outubro (segunda a sexta) Onde: Teatro Yara Amaral – Centro Cultural SESI Taguatinga Entrada: franca e classificação livre Redes sociais: @teatrodebonecospopularesdf Informações e agendamento para escolas: 61 9.8425.7233
FICHA TÉCNICA
Coordenação geral: Walter Cedro Produção executiva: Mirella Dias (Tomada Conexões Artísticas) e Mamulengo Sem Fronteiras Ilustrações: Jô Oliveira Designer gráfico: Nara Oliveira (Estúdio Gunga) Assessoria de imprensa: Keyane Dias e Davi Mello (Pareia Comunicação e Cultura) Fotógrafo e videomaker: Davi Mello (Pareia) Interpretação em Libras: Fernando Guimarães Meireles Audiodescrição: Lúcia Helena Corrêa da Fonseca
Encontro Cordeliando ocorrerá no dia 12 de outubro no SESI – Taguatinga Norte
Trata-se de uma ação que é parte integrante do Projeto Cordeliando Pela Literatura de Cordel, que durante os meses de setembro e outubro passaram em 9 (nove) escolas da Regional Taguatinga que compreende as cidades de Vicente Pires, Arniqueira, Águas Claras, Taguatinga. O Projeto que levou o encantamento presente no bens registrados como Patrimônio Cultural Imaterial, como o Cordel, Xilogravura, Forró e Mamulengo. O Encontro Cordeliando está com uma programação arretada, com apresentações culturais, mesa de debate, com temas que envolvem o patrimônio Imaterial, a importância da Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC. O cordel e xilogravura como bens de salvaguarda.
Atividades: 8h30 – Exposição de Xilogravuras e Cordéis – Goári Poeta Gravador 9h00 – Composição da mesa e abertura – João Almir – Cordeliando 9h10- Mourão do Cordel – Xilogravura e Cordel 9h20 – Gustavo Dourado – Academia Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC 9h30 – Vinicius Januzzi e Carol Dantas – IPHAN–DF. 9h40 – Lançamento do Cordel Piauí de Belo Sol e Ladeiras – João Almir 9h50 – Lançamento do Livro – Lingu@Gente – Gustavo Dourado 10h05 – Apresentação Mamulengo Sem Fronteiras 11h00 – Sessão de Autógrafos dos autores
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Serviço: Evento: Encontro Cordeliando Data: 12 de outubro Horas: 9 as 12 horas Local: SESI Taguatinga Norte – DF. Acesso: Gratuito
Fomento: Fac – Fundo de Apoio a Cultura – SECEC – DF
Praceiros: SESI – DF. MAMULENGO SEM FRONTEIRAS IPHAN – DF.
São 9 apresentações e vivências em escolas de Taguatinga, Vicente Pires, Arniqueira e Águas Claras
Cordel, Xilogravura, Forró e Mamulengo: expressões da nossa cultura popular e tradicional brasileira, que evocam sentimentos, pensamentos e energias.
João Almir – Idealizador do projeto Foto: Ramona
Essa é a proposta do Cordeliando, que une todas essas tradições em apresentações e exposições em escolas da Rede Pública do DF.
O Projeto Cordeliando pela Literatura de Cordel, é uma ação voltada para promoção, avivamento e salvaguarda de bens registrados como Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, sendo eles.
O projeto vai circular entre setembro e outubro de 2022, por 09 escolas públicas do Distrito Federal nas cidades de Taguatinga, Vicente Pires, Arniqueira e Águas Claras, com apresentações de Teatro de Mamulengo; Exposição de Xilogravuras e Cordéis; Trio de Forró; Recital de Cordel e mais uma roda de conversa via internet (live) pelo canal do Youtube.
Grupo Mamulengo Sem Fronteiras Foto: Davi Mello
O Patrimônio
O Patrimônio Cultural Imaterial ou Patrimônio Cultural Intangível é uma categoria de patrimônio cultural definida pela Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial e adotada pela UNESCO, em 2003.
Abrange as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações,as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.
O Coletivo Cordeliando Pela Literatura de Cordel foi reconhecido com o certificado do projeto O Brasil que Lê, emitido pela Cátedra Unesco da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Fundação Itaú Cultural e Instituto José Castilhos.
O projeto foi iniciado em 2016, pelo cordelista e escritor João Almir do Cordel e agora recebe esse reconhecimento nacional por ser uma das 1 mil inicitaivas que desevolve ações voltadas para o livro e leitura no país. O grupo vem atuando em diversas frentes de divulgação, bibliotecas, eventos, feiras e bienais de livros, e atividades de incentivo ao livro, à leitura e à literatura nas escolas e espaços culturais, Sesi, Sesc do distrito federal, Goiás e outras regiões.
Segundo João Almir, “para o grupo é de fundamental impotância e relevância ser reconhecidos, principalmente nestes avanços da teconolgia da era digital. Fazer parte deste seleto grupo só fortalece a iniciativa sociocultural. Criando assim possibilidades para a ampliação do projeto a outras regiões do país.
O Brasil que Lê – O projeto é uma pesquisa que reúne em parceria o Instituto Itaú Cultural, o Instituto Interdisciplinar de Leitura da PUC-Rio, a Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio e a JCastilho que atuam nessa perspectiva de mapear e consolidar resultados a partir destas iniciativas do livro e leitura pelo Brasil a fora.