Marcos Parente se despedem do ícone Zé Leodorio de 98 anos.

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No último dia 22 de outubro de 2019 na cidade de Floriano, seu José da Silva Pires conhecido na cidade de Marcos Parente e região apenas como Zé Leodorio que nasceu em 25 de julho de 1921, deste modo com seus 98 Anos de idade veio a falecer em virtude de um AVC e que lhe proporcionou uma peunanomia e insuficiência respiratória, segundo informações médicas mesmo com os procedimentos médicos, medicação e Unidade Terapêutica Intensiva não foram suficientes para que o mesmo viesse a se reabilitar. A idade já avançada pode ter sido um fator que contribuiu para o óbito. Seu José sempre foi muito forte, tinha vitalidade e disposição, apenas suas vistas já não eram as mesmas como ele sempre dizia, “que só via o vulto e que conhecia pela voz”, e assim foi os seus últimos anos. Em sua residência na Fazenda Bonito há poucos quilômetros do centro da cidade, onde residia desde o ano 1983 quando adquiriu o pedaço de terra, pois antes morava na Fazenda Cana Brava desde o seu casamento, e naquela região trabalhou muito foram várias roças botadas, durante vários anos, criou seus 9 (nove) filhos junto a sua eterna companheira Benilde Alves Pereira já falecida. Em uma entrevista concedida a nós em 2018 ele bem lúcido e descontraído me relatou como havia sido o preparo do seu casamento, disse-me “meu casamento foi arranjado, foi o Veio Doca que ajeitou o casamento, ele falou com meu pai e por outro lado o meu pai falou com José Pereira, e nós casamos em uma festa no tabuleirão, e que a festa não foi dada pelo seu sogro José Pereira”. É logo depois tratou de erguer a casa e que gastou mais ou menos um mês, em seguida foi buscar a mulher. Zé Leodorio foi um sertanejo muito trabalhador criador de algumas cabeças de gado, suínos caprinos e fez várias farinhadas das grandes , em tempos possuiu um maravilhoso pomar, com pés de laranjas, um bananal que vendia para os mangaeiros da cidade, que eram revendidos na Barragem atual Guadalupe. Sempre possuiu uma saúde de ferro e não amolecia com qualquer febre, era de fato o cabra da peste e teimoso, tratava suas vacas até poucos tempos atrás, dentre outras qualidades atencioso e zeloso, responsável com seus negócios e soube educar os filhos para serem homens e mulheres do bem. Contudo seu legado é o que fica e que nos sirva de exemplo. Não apresentava nenhum sinal de doença, mas de repente eis chegada a hora em que Deus o chama, deixando neste instante todos os filhos, parentes e amigos entristecidos, porém com a consciência de que ele cumpriu e honrou com dignidade a sua estadia nessa terra, claro que fica a saudade e lembranças que pairam a cada instante nos pensamentos de todos.
A nova jornada se inicia nos braços do pai celestial, pois assim acreditamos no esperançar de um descanso digno de quem tanto se esforçou para o melhor fazer aqui na terra. É sabido por todos que teremos de passar por esta fase, uns moços, outros de meia idade e outros com uma idade mais longínqua como podemos considerar a idade de seu Zé Leodorio que aos seus 98 anos parte, e que ainda antes da queda se encontrava lúcido. Deste modo não veio dar trabalho aos familiares no ato de cuidar-lhe, ele fazia quase tudo sem precisar de ajuda mútua, a vitalidade era a sua característica enfrentando as lutas sem tréguas e/ou mesmo esmorecer diante das diversas situações enfrentadas diariamente, ele sobre sobressair sobressaltos, vencendo as secas, tempestades, e as pragas nas lavouras e doenças investidas aos rebanhos.

Aconteceu a missa de sétimo dia no último dia 29 de outubro, celebrada na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, com a presença dos familiares, amigos e comunidade em geral, a cerimônia foi um momento ímpar no tange a recordar e pelo fato de ser segundo o cristianismo o ato de passagem da alma, e nós como cristãos devemos acreditar e manter a tradição, pois quando rezamos diante de um corpo, estamos diante de alguém que, pelo batismo foi o templo da Santíssima Trindade (1Cor 2,16-17) e confiamos plenamente na ressurreição conforme Jesus prometeu: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Para nós cristãos morrer significa passar da morte para a vida, é ir ao encontro com o Pai e viver eternamente no seu convívio. Para os que crêem em Deus “a vida não é tirada, mas transformada”. Nessa perspectiva os familiares e amigos se despedem deste grande ser humano que foi e na esperança de encontrar o acolhimento junto ao pai eterno e a proteção de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Por João Almir – Assessor de Comunicação

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