Ocorreu nesse final de semana em Serra Talhada – PE, o maior festival de poesia do mundo

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A cidade de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco, em festa, recebeu dezenas de poetas de todo Brasil.
Foi realizado o VIII FESTVAL VAMOS FAZER POESIA. O evento aconteceu no sítio do Poeta, na cidade de São José do Belmonte-PE.

O Clube da Poesia Nordestina que é uma agremiação literária com sede em Serra Talhada no Pernambuco, realiza o evento há oito anos com exceção o da edição de 2020 que foi de forma remota on-line em virtude da pandemia, todas as demais ocorreram de forma presencial.

A academia é composta por poetas, poetisas e apologistas de todo o pais no total de 128 membros. E nesse final de semana nos dias 18 e 19 de setembro ocorreu a VIII – Edição do Festival Vamos Fazer Poesia, onde tiveram presente 40 poetas, poetisas e convidados como o grande poeta analfabeto Leonardo bastião que mora no sítio na zona rural de Itapetim no sertão do Pajeú pernambucano.

O poeta foi muito bem acolhido e aclamado por todos os poetas e poetisas, Bastião autor da famosa estrofe “A sombra que me acompanha/ Não é a que me socorre/ Se eu andar, ela anda/ Se eu correr, ela corre/ E é mais feliz do que eu/ Não adoece nem morre”

Conversarmos via aplicativo de mensagem com o Produtor Cultural e Poeta Iranildo Marques que é o grande baluarte no incentivo e promoção de ações culturais na região que fortalece a cultura do país, principalmente a literatura popular que tanto carece de apoio.

Foto: Iranildo Marques e Leonardo Bastião

Iranildo Marques disse que é uma grande dádiva concretizar mais uma edição do grandioso festival de poesia popular, com a participação de poetas de vários Estados do país, Alagoas, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe Bahia, Paraíba, Piauí, São Paulo, Amazonas. Um dos poetas percorreu mais de 60 horas, num trajeto de canoa, barco, balsa avião e automóvel. E como de costume, o Festival homenageia um poeta vivo e o homenageado deste ano foi o grande poeta Leonardo Bastião, o que não poderia ser diferente, foi bastante prestigiado e acolhido por todos os poetas, de fato um legado para o evento poder HOMENAGEAR em vida esse grande poeta analfabeto como é conhecido em todo o país. “Minha avaliação é positiva tudo ocorreu dentro da normalidade, apenas reafirmo nossa indignação quanto a falta do olhar das lideranças políticas e a própria falta de incentivo e políticas públicas de cultura, a fim de fomentar o grande evento de cultura popular. Os apoios vieram de alguns empresários locais e das contribuições dos próprios poetas e poetisas, mas, do poder público não tivemos o apoio necessário, disse o Produtor Cultural Iranildo Marques”.

O grande campeão desta edição 2021 foi o poeta Luiz Gonzaga Maia, que é natural de Limoeiro do Norte-Ceará, ocupa a cadeira nº 4 da Academia Literária Clube da Poesia Nordestina. Já o segundo lugar ficou com o escritor e poeta Andrade Lima Lima, ocupante da cadeira nº 35 da academia, natural de Sítio Jatobá interior de São José Egito (PE). O terceiro lugar ficou com o poeta Marciano Medeiros que é natural de Santo Antônio (RN). Que também é membro desta agremiação acadêmica e ocupa a cadeira de nº 3.

Foto: Núbia

Poetas do Piauí marcaram presença no grandioso festival em Pernambuco, Jucivaldo Dias de São Raimundo Nonato e João Dias de Dom Inocêncio, que consagrou-se como o 10º colocado no geral, falamos com o poeta João Dias que disse a nossa redação “que o sentimento é de campeão, porquê participar pela primeira vez de um evento dessa magnitude, onde tem tantas feras da poesia, ficar em décimo lugar numa competição com 128 poetas, é uma conquista pra mim e para o meu estado Piauí”.

Deste modo salientamos da importância que carece ter iniciativas nestas perspectivas, sabemos que o momento ainda é delicado e que a cultura tem sido um dos segmentos bastante afetado nos 550 dias em virtude da pandemia. Más que precisa ser incentivada e apoiada tanto pela iniciativa privada quanto pelo poder público. A cultura popular é riquíssima e o nordeste brasileiro é um berço da poesia popular, com destaques no mundo a fora como o Patativa do Assaré, Arino Suasauna e muitos outros nomes como o próprio poeta Firmino Teixeira do Amaral do Piauí foi.

Portanto parabenizar a organização deste festival é pouco, e sabemos que fazem o possível e o impossível para realizar o grandioso movimento. Queremos ver mais em prol da cultura popular literatura de cordel que é Patrimônio Imaterial do Brasil desde 2018. Más que ainda não tem o devido apoio para que seja de fato preservada, difundida e fomentada pelo poder público em todas as instâncias dos entes dessa federação.

Por João Almir Mendes de Sousa

Redação do Portal Tinguis

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